Sinto por dentro que você está me lesando... 

Tão lentamente pra eu mesma não  sentir que estou saindo da minha órbita. 

Com você sinto que nada mais tem urgência... 

"E pra que correr?" você me diz enquanto recobro os sentidos...

Eu sinto a brisa na minha pele enquanto vejo nos seus olhos uma chama brilhando, o que será?

O que poderia gerar essa compartibilidade e esse afeto incompreendido?

Onde será que guardei aquela razão distante, incoerente?

Onde será que guardei meu senso de justiça?

A minha espada está rente ao chão e meu escudo próximo ao peito...

Já lancei fora o juízo e parece que somente os meus olhos estão vigilantes...

A minha luta armada agora é por você! 

Nela, fecho as mãos em punho cerrado, cravo os dentes na pele e me rendo...

O que mais eu posso entregar a você, além do meu próprio corpo, alem da minha alma, e toda a minha a essência? 

Todo o meu riso...

Toda a minha vida, agora só pertence a você.